sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cinzas

Eu sei eu sei, a quarta feira de cinzas foi anteontem, mas os efeitos do carnaval vão durar um pouco mais pra mim, primeiro pq eu to doente, com febre e dor de cabeça, depois por que depois dessa folia toda eu mudei meu ponto de vista sobre alguma coisas, das quais eu já suspeitava antes, mas agora tenho certeza !

se foi bom?
foi sim, foi ótimo
conheci gente nova, bebi, pulei, beijei
muitas risadas e muitas histórias pra contar
me cerquei de positividade e não pretendo me largar dela de jeito nenhum !!!

e que venha março e suas águas inacabáveis...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um Cândido Conto de Carnaval


Eu não lembro exatamente quantos anos eu tinha, uns 8 ou 9 mais ou menos, o que eu lembro é que quando chegava fevereiro a escola em que eu estudava se transformava: cartazes coloridos por todos os lados, corredores enfeitados, até as pessoas mudavam, professoras e coordenadoras ficavam mais animadas e os alunos mais arruaceiros que o de costume.

Eu lembro também que eu tinha uma paixão platônica por um menino de outra sala(nessa época eu já sabia muito bem do que eu gostava, na verdade eu acho que todo mundo sabe, o que leva tempo é o todo o processo de aceitação, mas isso é assunto pra outro post) ele era magro e tinha cabelos lisos, usava sempre a camisa da escola com uma calça marron e também andava de um jeito muito engraçado. Eu nunca tinha coragem ir falar com ele, e a única aula em que eu via ele era a de educação física, além das brincadeiras de pega-pega no recreio onde todo mundo brincava junto, não tinha divisão de sala.

Mas voltando para o carnaval, a escola tinha uma série programações que a a gente era praticamente obrigado a participar, umas das atividades daquele ano era fazer sua própria máscara de carnaval. Material é o que não faltava e a tia sempre dava uma ajuda. No Final das contas minha máscara não ficou tão mal, ela era azul e tinha umas lantejoulas (ui) pratedas e um glitter (uuui) de uma cor que eu realmente não lembro, eu lembro é que brilhava, e muito !

Depois de toda essa armação tinha um baile no pátio do colégio, e todos os alunos tinham que ir com a máscara que tinham feito. E lá fui eu com minha máscara brilhante, naqueles tempos o Tchan era a grande sensação, então voçes devem imaginar como era, uma putaria só. Fato é que quando muitos pirralhos se juntam o resultado é sempre o mesmo: muita correria e muita bagunça, numa dessas eu dou por falta da minha máscara, ela devia ter caído enquanto eu corria e pulava. Eu passei um bom tempo procurando, mas tinha muita gente, era como achar uma agulha no palheiro, acabei indo ficar sentado em um canto. Quando menos espero o menino (sim, o menino magro de cabelos lisos) vem falar comigo, conversa vai conversa vem ele pergunta aonde estava minha máscara e eu explico toda a situação e também conto pra ele como era a minha máscara, explico nos mínimos detalhes. Acabou que eu voltei pra casa feliz da vida de ter falado com o tal menino, mas sem minha máscara.



Na semana pós-carnaval eu tava em uma aula e o professor me chama dizendo que tinha alguém querendo falar comigo, aí eu saio da sala e lá tava ele, o mesmo menino, eu não sei se fiquei mais assustado ou feliz, ou os dois ao mesmo tempo. Mas o melhor mesmo foi depois quando ele me estendeu a mão e nela tinha uma máscara azul de lantejoulas prateadas, na hora eu não acreditei, achei muita "coincidência", mas era exatamente ela, a minha máscara, a que eu tinha feito e perdido no baile. Ele me disse que tinha achado no chão, perto da saída. Mas pra mim não importava aonde ela tava, importou o simples ato de ter ido me devolver, de ter o mínimo de sensibilidade de na hora ter percebido que aquela era a minha máscara e de ter ido em devolver. E naquele dia eu lembro que eu voltei pra casa feliz da vida de ter falado com o tal menino, e de ter minha máscara em mãos.


ps. para minha viagem de carnaval esse ano meus planos incluem altas doses de alcool e nenhum tipo de pudor.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Até quando?


Até quando é suportável se suprimir em relação ao outro? Até quando se pode relevar pequenas (ou não tão pequenas assim) mágoas e desilusões? Quantas desculpas esfarrapadas são necessárias se ouvir para cair na real? Quantas pancadas a auto-estima aguenta até se revoltar? Qual o número exato de ligaçoes esperadas, e não recebidas, se pode tolerar? O quanto mais da sua atenção eu vou precisar mendigar? E mais quantas conversas desnecessárias precisamos ter para eu ganhar um beijo seu?

e no final das contas,
será que tudo isso vai valer a pena?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Valmir & Josy Superstars


SIM
depois de fazer caras e bocas e da já classica cena do chuveiro na remontagem de "Womanizer", Valmir e Josy continuaram sua jornada em "Circus" onde deram um xow nos quesitos cenário e edição de vídeo. Não satisfeitos a dupla agora lança o vídeo de "Me Against the Music" mostrando que a "criatividade" não tem limites..






reparam na coreografia? no figurino? na remontagem da cena da cama? e na da parede que cada um fica de um lado?

AHHAHAHAHHAHHAHAHAH

esse youtube diverte meus dias !!!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sem Freios


Quando eu dei por mim ainda era fevereiro, e eu to começando a ficar assustado com o que 2009 reserva pra mim. Nunca antes um ano começou tão intenso, essa época sempre foi aquele marasmo, aquela férias preguiçosas, aqueles dias em que não se tem nada pra fazer, mas não é bem isso que vêm acontecendo. Eu conheci pessoas que nunca antes eu imaginei conhecer, passei por uma situação que, com certeza, não passaria se estivesse bebâdo o bastante e eu ainda encontrei alguem quem vem tirando o meu sono !

Talvez toda essa avalanche seja boa, talvez seja muito ruim, ta tudo acontecendo rápido demais e as vezes eu tenho muito medo disso. E eu não sei se é por que eu to ficando velho mas realmente o tempo voa, ele não te espera e quando você abre os olhos já passou, já era, e quando isso tiver acontecido é bom ficar sem nenhum tipo de pensamento como "eu podia ter feito isso, eu deveria ter dito aquilo". Eu quero viver com mais vontade cada momento, cada sorriso, cada movimento, cada beijo, cada dia, e eu queria paralisar tudo em uma cena, e voltar pra ela sempre que as coisas não estiverem muito bem.